Nos últimos dias, a classe contábil brasileira sofreu duas perdas irreparáveis – nos despedimos dos contadores José Edward Moraes e Walter Crispim da Silva, ex-presidentes do Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia, que trilharam brilhante caminhada na valorização da profissão em todo o país. No dia 18 de março, faleceu o contador e auditor fiscal José Edvard Moraes, expressivo profissional contábil baiano que ocupou a presidência do CRCBA nos períodos de 1960 a 1961, 1963 e de 1966 a 1969. No domingo (23/03), faleceu o dileto contador e professor Walter Crispim da Silva, ex-presidente do CRCBA no período de 1976 a 1979 e ex-presidente da Fundação Visconde de Cairu.
José Edvard Moraes
José Edvard possui histórico de grandes contribuições à classe contábil baiana, especialmente com a aquisição da primeira sede própria do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia, em 1966, com a aquisição de imóvel localizado no Edifício Pernambuco, 3º andar, Comércio – Cidade Baixa.
Foi grande colaborador para o desenvolvimento e valorização da classe contábil. Em 1967, criou o Instituto de Pesquisas Contábeis da Bahia, com a finalidade de desenvolver estudos na área contábil, e em 1968 promoveu cursos gratuitos para aperfeiçoar as qualidades dos profissionais baianos – iniciativa de grande relevância que perdura até os dias atuais como uma atividade precípua do Conselho.
Walter Crispim da Silva
Sua vasta contribuição à classe contábil traduz-se principalmente nos esforços envidados para a qualificação da atividade contábil no estado da Bahia, com a promoção de diversos cursos de aprimoramento profissional, especialmente o 1º curso de Auditoria para Mercados Capitais do estado.
Em abril de 2014, na ocasião da realização do Seminário em Homenagem ao Dia do Profissional da Contabilidade, recebeu a medalha Militino Rodrigues Martinez, maior honraria da classe contábil baiana, destinada aos grandes colaboradores desenvolvimento da profissão. Na oportunidade, falou sobre a importância do profissional contábil enquanto agente de justiça social. “Devemos servir para uma sociedade mais justa e igualitária. No momento que contribuímos com uma divisão mais justa de riquezas, contribuímos com o social e, à medida em que nós ocuparmos posições de destaque, poderemos servir ainda mais”.