Camacan ou Camacã é um município do estado da Bahia, Brasil. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 31 968[3] habitantes.

Na década de 1970, o município foi considerado como um dos maiores produtores de cacau;[7] no entanto, a praga da vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa) devastou e destruiu sua lavoura, em 1989. Algumas alternativas, como a pecuária, o cultivo de café e seringa diversificaram a economia local. Contudo, a principal atividade continua sendo a cacauicultura, através da enxertia de cacaueiros resistentes a pragas, que substituem assim o cacaual doente.

A história do município está diretamente ligada à expansão do cultivo do cacau. Segundo a tradição memorialista da região, o vale do rio Panelão começou a ser desbravado no ano de 1889, quando algumas famílias de Canavieiras, Bahia, passaram a buscar novas terras para o plantio de cacau por dois motivos principais: primeiro, por força das graves cheias do Rio Pardo que comprometiam a produção agrícola de Canavieiras e segundo, pelo declínio e desaparecimento dos diamantes do rio Salobro, tornando primordial a necessidade de novas fontes de produção.[9]

O distrito foi criado em 1938 com a denominação de Vargito e passou a ter sede em Camacã a partir de 1953, integrando o município de Canavieiras até ser emancipado, pela Lei Estadual nº 1.465, de 31 de agosto de 1961, com a denominação de Camacã.[10]

Os rios Panelão e Panelinha: segundo a tradição oral, essas denominações vem do encontro destes dois rios que, fisicamente, tem um aspecto que dá a ideia de um “panelão”, daí terem sido batizados com estes nomes.

O primeiro foco da vassoura de bruxa em Camacã foi verificado exatamente na fazenda do Prefeito, o maior produtor de cacau do município, em 1989. Luciano José de Santana era considerado o maior produtor individual de cacau, não só em Camacã, mas, no mundo. O conjunto de suas propriedades alcançava grandes marcas de produção anuais, aproximando-se de 100 mil arrobas de cacau em amêndoas, na década de 1980.[11]