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FLUXO DE CAIXA |
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A partir dos dados contábeis, pode-se projetar o fluxo de caixa das operações, para períodos subseqüentes. O fluxo de caixa é a demonstração visual das entradas e saídas distribuídas pela linha do tempo futuro. A vantagem da projeção do fluxo de caixa é antecipar eventuais necessidades de capital de giro, decorrentes das operações, e assim facilitar o planejamento financeiro, buscando fontes alternativas de recursos, a custos mais baixos. MONTANDO UM FLUXO DE CAIXA A PARTIR DOS DADOS CONTÁBEIS Como se utiliza a contabilidade para projetar o fluxo de caixa? 1. Verifique o Plano de Contas, se está adequado a este gerenciamento. É importante que as contas estejam adequadamente correlacionada ás operações mais importantes da empresa, como: Vendas à Vista Vendas á Prazo Compras à Vista Compras á Prazo Impostos correntes Impostos parcelados Provisão de Férias Provisão de 13o. salário Etc. 2. Os saldos dos balancetes devem estar devidamente conciliados, para permitir a transcrição dos valores a pagar nas projeções: Fornecedores Impostos a Pagar Instituições Financeiras Etc. 3. Relatórios auxiliares podem permitir melhor elaboração do fluxo de caixa. Como exemplo de relatórios auxiliares: Planilhas de vencimentos de empréstimos e financiamentos Relatórios de Contas a Receber Relatórios de Contas a Pagar Vencimento de Aplicações Financeiras RESTRIÇÕES Como toda projeção, o fluxo de caixa parte do pressuposto da veracidade dos dados e também de premissas variáveis como volume de vendas, inadimplência de clientes, compras, custos e despesas operacionais. Portanto, o administrador precisa ter cautela, sabendo que as primeiras projeções provavelmente sairão imperfeitas. De qualquer forma, as projeções podem ser um indicativo do “fôlego financeiro” da empresa, possibilitando determinadas ações preventivas (como cortes de custos, alongamento de prazo de compras, etc.). PLANILHA Obtendo-se os dados contábeis e financeiros, projeta-se numa planilha as entradas e saídas, incluindo-se: · Vendas à Vista · Cobrança de Duplicatas de Clientes · Resgates de Aplicações Financeiras (CDB, FIF, etc.) · Obtenção de parcelas de empréstimos · Outras receitas (como aluguéis, juros recebidos de clientes, dividendos e outros) · Pagamentos de Duplicatas, decorrentes de compras de mercadorias, matérias primas, insumos, etc. · Compras à Vista · Folha de Pagamento (nos meses de férias coletivas, acrescer os pagamentos a este título – em novembro e dezembro de cada ano, incluir o pagamento das parcelas do 13o salário) · Tributos a pagar (ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, INSS, FGTS, entre outros). · Pagamento de despesas gerais (aluguel, luz, água, telefone, despesas de escritório, pró-labore, etc.) · Amortizações de empréstimos e financiamentos (tais como FINAME, Leasing, Capital de Giro) · Outras saídas (pagamentos de dividendos, compra de imobilizado, etc.) Uma boa idéia é buscar os valores do período anterior (de preferência mês-a-mês), individualmente junto ás contas contábeis. Por exemplo: Vendas à vista: computar os valores lançados a crédito (líquido dos débitos) mês a mês:
Uma análise rápida desta conta, permite deduzir que as vendas líquidas (valor do crédito menos débito) no trimestre janeiro a março correspondem a R$ 130.000,00. A média de vendas foi de R$ 130.000,00 divididos por 3 meses = R$ 43.333,33 por mês. Desta forma, na projeção de vendas á vista para o 1o trimestre do ano seguinte, por exemplo, pode-se concluir que as vendas à vista (se a projeção for trimestral), será de R$ 130.000,00 + % de aumento do período (correspondente ao aumento de preço dos produtos e serviços da empresa). PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO Além das vendas á vista, boa parte das entradas advirão do recebimento de duplicatas nas vendas a prazo. O primeiro passo, para determinar tal valor é conhecer o prazo médio de recebimento. Um cálculo bastante simplificado do prazo médio de recebimento é o seguinte: Valor dos recebimentos da conta clientes, no mês (duplicatas recebidas) Dividido por: Saldo inicial da conta clientes (duplicatas a receber) = Proporção de Recebimento 30 Dividido por Proporção de Recebimento = Prazo Médio de Recebimento (dias) O valor dos recebimentos, normalmente, é o valor do crédito total constante no razão contábil da conta “clientes” ou “duplicatas a receber”. Exemplo:
Nota: deve-se descontar os créditos lançados, decorrentes de devoluções de vendas (tanto no saldo inicial da conta quanto do valor dos recebimentos) e os créditos relativos a estornos ou retificações de lançamento, para não distorcer o cálculo. PROJEÇÃO DOS RECEBIMENTOS Agora que sabemos o prazo médio de recebimento, basta projetar no razão contábil as vendas e recebimentos de cada mês. Exemplo: Se o prazo médio de vendas á prazo é de 45 dias, com saldo inicial de clientes a receber de R$ 510.000,00 e considerando as vendas a seguir projetadas, teremos a seguinte estimativa do razão da conta clientes:
Nota: observe que os recebimentos do primeiro mês foram estimados na proporção de 30/45 do saldo inicial contábil. Mas o ideal é que as cobranças sejam calculadas com base no relatório de contas a receber, para que o valor seja mais próximo possível da realidade. |